PROCURA-SE MÃE BIOLÓGICA DE VARGINHA - Jornal Varginha Hoje - por favor quem souber de alguma pista, entre en contato. Obrigada
Mãe... fui criada como filha biológica de Francisco e Cecília Garcia, um casal na época, da sociedade paulistana.
Desde os meus 4 anos, que sinto dentro de mim, que não sou filha deles, apesar de sempre ter sido tratada como tal. A quinze anos, eu buscava pela confirmação do que eu já sentia, desde criança. Em 27/09/2011 tive a confirmação de que não havia nascido no hospital que minha “mãe” disse a vida toda que eu nasci e em 04/10/2011 chegou a documentação desse hospital.
Em 05/11/2011, eu com 36 anos, casada, um filho de 8 anos e outra de 1 ano, tive a conversa mais difícil da minha vida, com os meus pais e eles acabaram me contando, que realmente, eu havia sido adotada.
Foi um momento muito difícil, pois além de mim, tinha meus dois irmãos, que também achavam que eram meus irmãos biológicos. Mas eu quero te dizer, que eu amo os meus pais adotivos, admiro, que resolvemos tudo naquele dia e que continuamos a ter uma vida de pais e filha... Mas mãe, eu sonho em te conhecer, poder te abraçar, saber a minha origem, a minha história, levar seus netos para a senhora conhecer.
Eu não tenho mágoas de ninguém e nem julgamentos, pois isso, não cabe a mim. Eu quero é ser completa, com a verdade.
Mãe... tudo o que sei da minha história é muito pouco, pois, nem seu nome eu sei... Mas vou relatar aqui o pouco que sei, na esperança de alguém lembrar dessa história e me ajudar a te encontrar, ou aos meus irmãos, pois segundo eu sei, tenho quatro irmão mais velhos.
Minha mãe adotiva me contou que:
“Em 1974, veio da cidade de Varginha/MG para São Paulo/SP, um bebê menino, recém-nascido, de pele morena, com feridas da cabeça aos pés e subnutrido, para que ela adotasse, mas ele acabou ficando com a irmã dela, chamada Célia Bueno.
Havia uma senhora que cuidava dele e um dia, essa senhora em contato com uma outra senhora de Varginha, disse que tinha um casal muito bem de vida, que queria adotar um bebê e então, essa senhora, veio de Varginha, com mais outra mulher e as mesmas, procuraram por minha tia Célia e ela, levou a senhora e essa outra pessoa, assim como eu, na casa dos meus pais adotivos, que moravam também em São Paulo/SP, na Rua Caconde, no Jardim Paulista, em um apartamento.
Essa senhora tinha mais ou menos 30 anos e disse a minha mãe adotiva que eu era filha de uma mulher de mais ou menos 40 anos, muito humilde, que já havia tido 4 filhos de relacionamentos diferentes e dados eles para adoção.
Disse que ela tentou ficar comigo, mas não conseguiu, por ser humilde e por ter que trabalhar o dia todo.
Minha mãe adotiva disse que queria saber o dia certo que eu nasci e ela afirmou que foi em 15/02/1975, na cidade de Varginha/MG.
A senhora disse a minha mãe adotiva que se ela não fosse ficar comigo, ela ficaria, apesar, de não ser uma pessoa de muitas condições financeiras. Ela perguntou a minha mãe adotiva, qual o nome que ela ia me dar e ela disse LUCIANA.
Então, ela falou que se eu ficasse com ela, ela também iria colocar meu nome de LUCIANA.
Eu cheguei a casa dos meus pais adotivos em 30/05/1975, tinha 3 meses e 15 dias, sendo que, de quando nasci até esse dia, vivi com minha mãe biológica e não sei dizer, se eu tinha outro nome.
Tudo o que eu sei da minha história é o que relatei acima.
Hoje eu sou casada, tenho dois filhos como já disse e moro na cidade de Campo Grande/MS.
Mãe, desde os meus 4 anos que sinto dentro de mim, que não sou filha biológica dos meus pais e eles, alegando que queriam me proteger e isso não interfere nenhum pouco no amor que tenho por eles, me esconderam a minha história.
Por favor, se a senhora estiver viva, não me renegue o direito de conhecê-la, porque assim como aos meus pais adotivos, não sou ninguém para julgá-los e sim, perdoar e amar.
Mãe foi a senhora quem me gerou e esteve comigo por 3 meses e 15 dias... quero muito te conhecer, muito mesmo e tenho fé em Deus, que esse dia vai chegar.
Se a senhora, ou alguém que conhece essa história, ler esse jornal, por favor, entre em contato com eles, pois eles sabem como me achar.
Sua filha,
Luciana Garcia
Leia mais no Jornal Varginha Hoje: